A semana de arte moderna ou semana de 22 foi um importante movimento que renovou a arte. Ocorrido na cidade de São Paulo e com duração de cinco dias, os trabalhos lá apresentados (pintura, escultura, poesia, literatura e música) marcaram o início do modernismo brasileiro e apresentou novas ideias e novos modelos artísticos. Artistas como: Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade dentre outros apresentaram suas obras neste evento e influenciaram vários estilos, inclusive as "artes plásticas". A exposição de artes plásticas ocorrida nesta semana foi organizada por Di Cavalcanti e Rubens Borba, além de ter contado com a colaboração de Ronald de Carvalho. Após a realização da Semana, alguns artistas vindos da Europa retornaram para sua terra natal, entretanto Tarsila do Amaral ficou no Brasil enriquecendo as artes plásticas brasileiras.

Abaporu

Tarsila do Amaral

1928

Abaporu vem dos termos em tupi aba (homem), pora (gente) e ú (comer), significando "homem que come gente" . O nome é uma referência à antropofagia modernista, que se propunha a deglutir a cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil.

O Farol

Anita Malfatti1915

Este quadro foi pintado por Anita Malfatti durante o seu período de estudante de artes nos Estados Unidos. Anita foi aluna de Homer Bross, que incentivava seus alunos a pintarem com total liberdade de criação. Em “O Farol”, Anita Malfatti afirma o seu gosto pelas cores abundantes e descompromissadas e seu estilo expressionista.

A Boba

Anita Malfatti1915-1916

Anita Malfatti possuía uma predileção pelos retratos, onde exaltava a expressão de seus modelos. Em “A Boba”, a artista compõe no primeiro plano uma figura angulosa e assimétrica, elaborada com pinceladas gestuais e cores irregulares.

Pierrete

Di Cavalcanti1922

Falar da pintura do carioca Di Cavalcanti é falar da cara e do povo brasileiro, da exuberância tropical do país, de sua sensualidade sem folclore.

O Homem Amarelo

Anita Malfatti1915-1916

Esta tela expressionista foi exibida na exposição individual de Anita Malfatti no Brasil, datada de 1917. Atraiu a repulsa de críticos como Monteiro Lobato e a simpatia de jovens intelectuais e artistas, como Di Cavalcanti, Menotti Del Picchia, Oswald e Mário de Andrade. Com eles, organizaria a Semana de Arte Moderna de 1922.